terça-feira, 21 de agosto de 2012

Banco Central volta a fazer leilões e dólar fecha em alta nesta terça-feira


Moeda americana fechou em alta de 0,08%, a R$ 2,0176.
A última ação do BC foi em junho, quando moeda quase passou de R$ 2,10.

Com o intuito de impedir o dólar de ficar abaixo de R$ 2 novamente, o Banco Central voltou a atuar no mercado por meio de leilões de swap cambial reverso depois de quase cinco meses. A ação surtiu efeito, revertendo a queda registrada pela moeda norte-americana no início dos negócios e que ameaçava esse piso e fazendo a moeda a fechar em alta nesta terça-feira (21).
A moeda encerrou em alta de 0,08%, a R$ 2,0176.O movimento do BC reforçou a visão do mercado de que a autoridade monetária está defendendo a banda informal de R$ 2 a R$ 2,10 para o câmbio. Para o governo, a ideia é evitar "distorções".
Na semana, a valorização é de 0,15% e desde o início do ano, de 7,98%. No mês de agosto a moeda acumula queda de 1,53%.
Leilão
Antes de anunciar o leilão de swap cambial reverso -- que equivale a uma compra de dólares no mercado futuro -- pouco depois das 11h20, o BC realizou uma pesquisa com os "dealers" do mercado de câmbio para conferir se havia demanda para a operação.
Somente a pesquisa foi suficiente para fazer o dólar reverter perdas iniciais e passar a registrar alta ante o real. No entanto, após o resultado do leilão, por volta das 12h, o dólar reduziu os ganhos.
O BC vendeu 7 mil contratos da oferta de 50 mil contratos de swap cambial reverso feita nesta terça-feira, com vencimento em 3 de setembro 2012. A última vez houve uma operação de swap reverso foi em 26 de março, quando o dólar estava cotado próximo R$ de 1,80.
A operação desta manhã movimentou US$ 350,2 milhões, e deixou claro que houve pouca demanda.
Banda informal
O mercado acredita que as autoridades brasileiras defendem uma banda informal para o dólar, cujo teto seria R$ 2,10 e o piso, R$ 2 reais. E a intervenção do BC neste pregão reforçou ainda mais essa percepção.
Quando a moeda chegou a ser negociada abaixo de 2 reais, no começo de julho, o diretor de Política Monetária do BC, Aldo Mendes, afirmou que tal nível poderia ser prejudicial para a indústria brasileira e que a autoridade monetária poderia intervir comprando dólares se necessário.
"O BC está fazendo uma sondagem, se comunicando com o mercado... e essa atitude é uma forma de mostrar que ele se preocupa com o dólar abaixo de R$ 2", afirmou o vice-presidente de Tesouraria do Banco WestLB do Brasil, Ures Folchini, logo após a autoridade monetária fazer a pesquisa de demanda sobre swap reverso.
O BC não atuava no mercado de câmbio desde 29 de junho, quando realizou leilão de swap cambial tradicional, que equivale a uma venda de dólares no mercado futuro. Naquela época, a divisa ameaçava ultrapassar R$ 2,10
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