Rocha Santos assumiu processo nesta terça (19) por indicação do TRF-1.
Magistrado não descarta solicitar novas diligências se surgirem 'fatos novos'.
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CPI em maio (Foto: Lia de Paula/Agência Senado)
Em maio, uma liminar do desembargador do TRF-1 Tourinho Neto suspendeu a audiência que iria ouvir os suspeitos de comandar um esquema de jogos ilegais em Goiás. No despacho, Tourinho havia alegado que a defesa do contraventor não teria tido tempo nem condições de conversar reservadamente com Cachoeira. Na ocasião, além de Cachoeira e outros sete réus, seriam ouvidas testemunhas de acusação e de defesa.
A decisão de Rocha Santos foi assinada nesta quarta-feira (20). O magistrado ponderou que, depois de ouvir réus e testemunhas, poderá requisitar novas diligências, se surgirem "fatos novos".
Em nota, o novo juiz do caso Cachoeira disse que se esforçará para instruir o processo durante o mês de julho, quando o Judiciário estará de recesso. Segundo o magistrado, ele não terá condições de preparar o julgamento no segundo semestre, "em razão do preenchimento da pauta de audiências nos processos de seu ofício e de férias regulamentares".
Rocha Santos, entretanto, assegurou que "todas as garantias constitucionais e legais dos acusados" serão respeitadas. Na avaliação do juiz, "haverá tempo suficiente para o estudo do processo".
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SegurançaTitular da 5.ª Vara Federal da Seção Judiciária de Goiás, especializada na área criminal, Rocha Santos é o terceiro juiz chamado para o caso. O magistrado indicado inicialmente para suceder Moreira Lima na presidência do processo, Leão Aparecido Alves, não assumiu por razões de "foro íntimo", pois mantém relação próxima com um dos denunciados.
Ao G1, o novo responsável pela Monte Carlo afirmou que, a princípio, não pretende requisitar reforço na sua segurança pessoal. O antecessor de Rocha Santos no comando do processo que investiga a organização criminosa do bicheiro Carlinhos Cachoeira, Paulo Augusto Moreira Lima, pediu afastamento do processo alegando que teria sofrido "ameaça velada".
"Até agora, em relação à minha pessoa, não vi necessidade (de reforço na segurança). Se houver, não resta dúvida de que irei tomar as providências", assegurou Rocha Santos.
O juiz se diz "tranquilo" com relação à exposição e à complexidade das investigações contra Cachoeira, preso em fevereiro, acusado de operar jogos ilegais em Goiás. Rocha Santos terá de ler os 53 volumes do processo para se inteirar sobre o caso. Ele garante que em dois ou três dias já deverá estar por dentro do inquérito.
"Para mim, é um processo a mais. Pela experiência da gente, hoje mesmo já vou despachar, dando andamento no processo", ressaltou.
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